sábado, 4 de agosto de 2012

Não Espere a Redenção



Você me disse que tudo estava bem
Mas você mentiu novamente
Incessantemente você pede desculpas
Mas não acredito mais em suas palavras

Pare o mundo agora
Antes que uma tragédia irreversível
Aconteça com todos nós

Sou humano
Cometo erros
Assim como você
E antes que desculpas percam o valor


Pare o mundo agora
Antes que uma tragédia irreversível
Aconteça com todos nós

Agora você esta perdendo
E como vai sobreviver
Com tanta mágoa?
Se antes você dizia
Que estava tudo bem?

Você não tem mais saída
Entregue o jogo
E vá embora antes que a redenção
Te encontre.

José Luis Machado Paris
04/08/2012

terça-feira, 31 de julho de 2012

Aquele Seu Amor



Você é a luz da minha vida
Você que me faz ser forte todos os dias
Você que sempre correu quando chorei

Não deixe sua luz se apagar
Ainda dependo do seu reflexo
Não se deixe levar pelo mundo

Estamos no mesmo barco
Compartilhando do mesmo amor
Não quero ver uma lagrima
Sem entender o porquê da dor

Quero seus sorrisos calorosos
Que sempre me fazem pensar
Que você é a melhor pessoa do mundo

Queria que a eternidade não te levasse
E tivesse que esperar tempos até te ver
Só queria estar no seu colo
Com aquele velho calor.

José Luis Machado Paris
31/07/2012

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Nós Temos o Poder



Esta tudo apodrecendo e desmoronando
Esta tudo indo de mal a pior
As pessoas não vêem isso
Pois se acostumam fácil com as coisas erradas

Está na hora de mostrar o poder
Mostrar quem manda
A maioria fica em silencio
E deixa a minoria mandar na sua vida

Temos a arma perfeita
Temos o que pode fazer tudo mudar
Nós temos a ideia
Temos nossa palavra
Ela pode gerar guerras e revoluções

A maioria caminha para o desespero
Antes disso teremos de ser fortes
E lutar contra a podridão do mundo

Ou vamos nos tornar prisioneiros
Da sociedade em que deveríamos ser maioria.

José Luis Machado Paris
21/07/2012

domingo, 22 de julho de 2012

Seguir Sem Fraquejar




Seu coração pensa em parar em meio ao caos
Recupere sua fé e siga em frente
Sempre mais forte em busca de evoluir

Antes da hora chegar
Faca tudo o que tens vontade
Não espere o tempo passar para se arrepender
Arrependimento gera dor irreversível

Independente da consequência
É sua vontade de seguir
Que tem que te mover

Não desperdiçar seu tempo com lamentações
Mesmo que em tese elas se encaixam
Não perca tempo e forças
Se estressando com coisas desnecessárias

Estamos aqui pra viver e aprender
Tudo é um teste que temos que passar
Se você desistir dele
A vida te reprovará.

José Luis Machado Paris
21/07/2012

domingo, 15 de julho de 2012

Monotonia Enlouquecedora




Se você não ver o sol nascer
Não sabe quem vai ser o próximo a morrer
Os inimigos seguem nas noites
Você com medo busca tecnologia para se proteger

Cada vez aumentando sua grade de proteção
Desse mundo desencadeado
Em uma reação em cadeia de crueldade
Sem volta, as leis não fazem efeito

Acordar para trabalhar
Sem saber a hora de voltar
Nem o ônibus que vai pegar

A monotonia toma conta do cotidiano
Que cada vez segue mais a risca o plano perfeito
Que o sistema impõe sobre cada peça fundamental
Das engrenagens que não podem parar

Em sua casa sem ter o que fazer
Pensa em pular e logo um fim colocar
Pois a pressão de um cidadão perfeito
Que não ganha reconhecimento nenhum
Já não tem tanta importância.

José Luis Machado Paris
15/07/2012

domingo, 24 de junho de 2012

Farda



A infelicidade deixa marcas em cada pegada marcada na areia
Areia que nunca mais pisarei com a mesma força
Pois o fardo aumenta a cada segundo de vida

José Luis Machado Paris
24/06/2012

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Berço da Escuridão


Eu já pertenci somente a esse mundo, vaguei por sua terra aspera e deixei-me cegar pela sua beleza. Bebendo de seu nectar, eu tive uma vida perfeita. Uma terra arada feito poros, eu plantei minha doença e dela fui abençoado. Abandonei qualquer relação existente, caminhei em direção as vertentes mais puras. Das piores tempestades que enfrentei, cheguei até onde a tormenta pode me levar. Aca cheguei serpente mãe, até seus pés empoeirados. Não pude deixar de reparar em sua beleza, adormecida em uma parte humanamente libidinosa desta face habitavel. Esquecida pelo tempo você entregou-se ao sono eterno, deixou-se levar pelas dores de um mundo em chamas. Não o deixe queimar serpente mãe, use sua sabedoria para manter-se juvenil entre tantos obstaculos. E anos da minha vida lá permaneci, venerando e deliciando-me daquele paraíso feito de trevas. Mas quando meus pulsos tentaram jorar sobre aquele aconchegante ninho a dor de uma noção, ousei em caminhar e devastar as faces dessa Terra. Eternas caminhadas levavam-me para mais longe de meu berço e mais próximo de uma experiencia metamorfosica. De minhas costas fagulhas começaram a brotar como um presente dos tempos. Minhas vertebras doiam a cada passo dado ao meu destino, sentia-me levemente acariciado pelo mal. Eu quis descançar e sentir o solo embebedar-me por sua dureza. Adormecer e lá permanecer, como qualquer criatura que lá ousou pisar. Mas do meu destino não ousei sair! Através dos meus pés cansados eu via os dias passarem e de meus lábios rachados eu podia ter uma noção de quanto sede de vida eu sentia. De tempos em tempos, imagens terríveis eu presenciava. Gotas de sangue escorriam e guiavam meu trajeto para terras distintas. O mal novamente preparava-me novas surpresas! De meu peito queimavam ancias e desejos. Não bastava apenas acariciar a carne de meu peito, era preciso materializar os meus pesadelos, porém eu caminhava, caminhava até esse desejo doentiu secar dentro de mim. Eu casei com a solidão e me manti fiel a este matrimônio. Uma vida a dois pertencente apenas a um ser. Um sentimento aconchegante e assustador a cada passo de minha existencia. Minha caminhada inacabada mostrava-me novas cores, e assim, mais vivo eu me sentia. Adrenalina anil fervilhava em minhas veias, havia momentos que eu deixava certas luxurias me dominarem! Mas eu continuava a caminhar em busca do que seria o meu destino. Houve uma noite, apenas uma, onde senti meus pés afundarem em uma terra úmida. Lutei contra sua força superior, até cair feito um feto recém espelido em seu hálito aspero. Aquele lençol amarelo invelhecido abraçava-me como um filho que a muito fugil e retornava para o colo de sua figura materna. Seu cheiro de nada acolhedor tinha e não lembrava nem um pouco o cheiro do leito do qual eu fui concebido a este mundo. Do meu suor o manto provou e, com pregnancia, esticou-se ao ponto de rigida novamente permanecer. Rigida permaneceu por toda eternidade e eu, novamente, seguia em pequenos passos ao meu destino. Em um determinado momento de um cheiro podre eu pude presenciar. Estaria eu chegando ao meu final? O céu enegrecia de um tom nada festivo e de minha garganta um furacão de blasfemia começou a brotar. Minha alma leve novamente permanecia, porém minha essencia esvaziava-se. Aquele grito oco e desesperado que de dentro de mim contaminava a Terra permaneceu forte e, a cada passo dado de cada ser, a cada pulo que a humanidade lentamente dava, mais forte e indestrutivel essa força se espalhava. E num estalo de consciencia, minhas primeiras e únicas palavras neste solo de pagãos soltou as mais sábias palavras já profanadas...

"E do ventre de uma simples matéria o mal foi concebido. Não houve quem o desejasse, porém sua presencia seria totalmente necessária a um lugar tão amavel como este. E desde de seu nascimento ele ousa entrar dentro da carne mecanica de cada ser, dia após dia. E assim, mais abençoado e mais protegido este lar permaneceu. E suas glórias aqui enraizada ira ficar, até tudo para as chamas voltar!"

Jonathan Maciel
‎18‎ de ‎março‎ de ‎2012     20:38:51