quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Cores Perdidas


Olha só pra você
Meu velho amigo
Hoje está tão vazio
Tão sem cores
Tão repleto de dores

Aquele que conheci
A tempos atrás 
Hoje é prova
Do que o homem é capaz de fazer
Já não posso lhe pedir conselhos
Muito menos te abraçar

Na situação em que se encontra
Nunca esperava tal crueldade
Não esperava vir te visitar aqui
Onde a realidade
Não corresponde ao tempo

Mas deixo ao lado de sua cama
As flores que trouxe para alegrar seu dia
E me despeço desse quarto de hospital
Lhe desejando melhoras
Daquele que um dia me fez feliz.

José Luis Machado Paris
22/09/2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mesmo Sempre



Mesmo que você vá embora agora
Eu sempre segurei a sua mão
Mesmo que você não quisesse
Eu sempre estive ali
Mesmo que você ache inconveniente
Eu sempre gostei de você
Mesmo que você me achasse um idiota
Eu sempre fiz o melhor por você
Mesmo que você não achasse o bastante
Eu sempre me esforcei pra te fazer sorrir
Mesmo que você não gostasse
Eu sempre te agradei
Mesmo quando você foi embora
Eu fiz o que você quis
E fiquei calado para não doer muito em você
E assim você se foi
Sem ao menos deixar seu sorriso em minha lembrança.

José Luis Machado Paris
19/09/2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Acreditar No Paraíso



Olho em seu rosto
E não vejo expressão alguma
Mas no fundo de seus olhos
Vejo sua alma chorando
Vejo tudo que você esconde
E que hoje te fez uma pessoa fria
E sem sentimentos

Eu intendo que isso tudo é consequência
Consequência de buscar a felicidade
Mas que a sociedade te julga um idiota
Por não acreditar que o paraíso existe.

José Luis Machado Paris
19/09/2011

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Foram Desconhecidos


Tento não ser repetitivo em minhas palavras
Mas posso lhe dizer
Que não sei escrever sobre o que não conheço
Sobre o que nunca senti
Sobre o que nunca vi

Se hoje tudo está tão vazio e escuro
Não foi por pequenos motivos
Nem por falta de querer
Já que as estrelas brilham
Mesmo quando deixam de existir

Se não conheci, não escrevo
Se não sente, não demonstra
Se finge é porque alguém pergunta
E tenho que manter as aparências.

José Luis Machado Paris
14/09/2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Passado os Cemitérios



Todas as noites
Eu me perco em lembranças passadas
De um passado que só eu sei...

Perco grande parte de meus dias
Vivendo o que já se foi mas que está guardado
Guardado em mim e em você

Dias ensolarados
Que se tornaram trevas
Em meio a um cemitério de sentimentos
Em meio a um cemitério de momentos
Em meio ao que eu fui um dia
Que hoje o Sol não deixa nem sombras

Todos os dias
Me perco em lembranças passadas
De um passado que só eu sei
Que só eu vivi e guardei
Que só eu sei onde enterrei

José Luis Machado Paris
13/09/2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ser Afogado



Sem despedidas
E sem mais delongas
Aqui termina mais uma história
Sem entender e sem errar
O fim não pode mais esperar

Mesmo que a dor seja certa
É necessária, como uma consequência
Sem querer entender ou explicar
Esse foi o fim

Sem mais palavras
O sentimento fúnebre surge
Nascendo dentro de mim a morte
E o suicídio de meus sentimentos

Entre tantas linhas
Não encontro uma bifurcação
Que me faça mudar
Que me faça querer lutar

De olhos fechados
Tento afundar meus sentimentos
Tento matar as palavras
Mas o que consegui
Foi morrer afogado

José Luis Machado Paris
13/09/2011

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Tudo e Nada



Como você costumava dizer lindas palavras
Que hoje estão mortas como as plantas do meu jardim
Vou ficar parado no mesmo lugar onde nos encontramos
Esperando você voltar com o mesmo rosto de quem me amava

Esperando que a noite se torne dia
Que minha dor se torne alegria
Sonhando com um novo dia

Você nem se lembra mais das promessas
De grandes valores que hoje afundam no rio de lágrimas
Lágrimas essas que você fez surgir de um sentimento tão puro
Não culpo somente você, tenho participação nesse crime
Mas você era algo para mim, enquanto eu não era nada para você.

José Luis Machado Paris
12/09/2011

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Angel of Light



Uma nova luz surge na escuridão
Uma nova vida surge na escuridão

Talvez o escuro não fosse de todo mal
Mas era todo mal que me fazia sofrer
Que me fazia lembrar do que já se foi
Fazia as minhas cicatrizes doerem

Até que um anjo de luz
Surgiu na escuridão
Me trazendo de volta a vida,
Mesmo que eu não pudesse dizer nada
Sei que ele pode ver eu meus olhos

Só quero que fique ao meu lado
Iluminando meu caminho
E me fazendo viver.

José Luis Machado Paris
05/09/2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Corações


Corações? 
Vocês humanos sempre falam de corações, como se vocês os tivessem em suas mãos. 
Mas meus olhos vêem tudo. Nada os escapa. O que eles não vêem, não existe. 
É assim que eu sempre lutei. 


O que é um coração?
Se eu quebrar e abrir seus ossos, eu vou vê-lo?
Se eu rasgar seu peito... Eu o encontrarei lá?

Ulquiorra Schiffer - Bleach (Noriaki Kubo)




Faces Filled With Torment